É chamada de “a alma da festa” aquela pessoa que onde chega faz com que as pessoas se animem, seja dançando, conversando ou até bebendo mais. Todo mundo deve ter um amigo ou conhecido que seja assim. Mas hoje quero compartilhar um pensamento sobre a “alma da festa” em times e o que acontece quando elas vão embora.
Para ilustrar, vou contar algo que aconteceu em uma empresa onde trabalhei. A empresa tinha algo que eu, particularmente, achava incrível: um dia na semana para estudar, resolver débitos técnicos ou trabalhar em projetos inovadores. Não importava o que - você quem escolhia; e, se quisesse, poderia apresentar ao time no final do dia. Acontece que a pessoa que estabeleceu esse dia no departamento de engenharia foi embora (nesse caso, para outro setor). E, rapidamente, esse “dia de inovação” foi de semanal para quinzenal. Além de mim, ninguém no time fez muita questão. Aproveitei e já cantei logo a pedra de que o dia eventualmente iria acabar - e acabou mesmo.
Embora o dia fosse para todos, os motivos para ele existirem eram de uma pessoa só. A alma da festa foi embora e a festa acabou.
Muito se fala sobre o bus factor e o que pode acontecer com um produto ou projeto caso uma ou mais pessoas-chaves saiam da empresa, morram ou algo assim. Mas o que acontece com a tal da cultura?
Entendo que a cultura de um time é estabelecida por rotinas que sejam cultivadas e mantidas por uma parte dele. Se, por exemplo, só uma pessoa mantem a documentação, é a cultura (ou melhor, habilidade) dessa pessoa. Se ela sair, acaba.
Para pensar hoje: é a cultura do time ou da alma da festa?
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